Vai morrendo em mim aquela verve de poeta.
Já não sei quem sou, já não possuo aquela dor.
Aquela angústia que eu amava já me afeta
e nem sofro, mais, dos males de amor.
Aquela angústia que eu amava já me afeta
e nem sofro, mais, dos males de amor.
Deixei a lira, a um canto, esquecida.
E o velho encanto de saber dizer em versos.
A madrugada, abandonada e amanhecida,
não mais orvalha a calçada e os meus regressos.
E o velho encanto de saber dizer em versos.
A madrugada, abandonada e amanhecida,
não mais orvalha a calçada e os meus regressos.
Deixei a musa que eu amava ir morrendo
neste verso, como a lágrima derradeira.
Meu estro, torpe, simplemente envelhecendo
neste verso, como a lágrima derradeira.
Meu estro, torpe, simplemente envelhecendo
Nessa tristeza que me tem e não me
quer.
Se não bastasse, fiz a última asneira
Deixando a lua por uma outra mulher.
Deixando a lua por uma outra mulher.
(Costa Pinto)
(Imagem extraída do site: "fotosdocotidiano.blogspot.com")
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