sexta-feira, 22 de outubro de 2010

De Peito Aberto












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QUANDO ABRO A JANELA D'ALMA.

ENXERGO TANTA GENTE LÁ FORA!

ALGUMAS AGITADAS, INQUIETAS, APRESSADAS...

OUTRAS SOLITÁRIAS, PERDIDAS,

DESEJOSAS APENAS DE UM ABRIGO.

E VEJO AS PESSOAS DO PODER:

QUANTAS NEM SABEM O QUE É A LUZ!

QUANTAS NEM SABEM O QUE É SOFRER FOME,

FRIO, CALOR...

QUANTOS DESCONHECEM O AMOR!

MAS VEJO LUZ, PÁSSAROS LIVRES,

PESSOAS CORAJOSAS...

VEJO GENTE PRESA EM SEUS DELITOS.

SÓ DE PENSAR EM GENTE QUE SE MATA AOS POUCOS...

VEJO QUEM MALDIZ A VIDA

E QUEM NEM SABE O QUE É VIVER!

VEJO PESSOAS QUE NEM SABEM

O QUE É PISAR EM TERRA FIRME.

ALGUMAS DIVAGAM, RECUSAM SER AJUDADAS

POR MEDO DE SEREM TRAIDAS,

DEIXADAS PRÁ TRÁS.
RECUSAM DAR CHANCE Á ALEGRIA,
DE VER UMA PORA ABERTA...

MAS VEJO QUEM ENFRENTA CADA PASSO
COM CORAGEM;

QUEM AGREGA O QUE ESTAVA DISTANTE.

POIS O LONGE SE FAZ PERTO

PARA QUEM DE PEITO ABERTO

AGREGUE, ACOLHA,

MOSTRE O CAMINHO.


Elinaura de Oliveira

Um comentário:

  1. seus versos expõem a atroz verdade do mundo humano, mas, ao mesmo tempo, semeiam
    em nós a fúlgida esperança, elinaura.

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