Sonho manhãs a iluminar
pobre corpo adormecido
coração notívago
alma insone a clamar
calor e pássaros a voar.
Bebo manhãs alheias
nas entrelinhas e caminhos
feito sertanejo na estiagem
sedento de amor e poesia.
Colho manhãs em flores
coloridos beija-flores rosados
vida pulsa terra úmida
lamentos vívidos ecoam lentos.
Busco minhas raízes amanhecidas
mortas invisíveis paredes insólitas
varanda da memória ensolarada
eterna caminhada insana.
Alimento manhãs maternas
ternura desaparece na floresta
sinistra sina a perseguir
onde apenas encontro noite e fome.
Ligi@Tomarchio®
Manhãs vistas de um ângulo anímico, totalmente diferente.
ResponderExcluirO grande poeta Manuel Bandeira, disse, num verso:
"Eu faço versos quem chora de desalento, de desencanto..."
Mesmo em desencanto, seu poemas encantam, Lígia.
ah, a angústia e a tristeza,
ResponderExcluirquando se irmanam e se condensam,
erigem uma poesia que fala muito ao coração, lígia.
Obrigada meus queridos Costa Pinto e Jessé Barbosa pelo carinho e generosidade.
ResponderExcluirAbraços!
Ligi@Tomarchio®