Quando a tarde, como um cão ferido,
manchou de sangue a cor do entristecer,
nem dor, suspiro ou um ganido,
brotou com o corte fundo do sofrer.
Quando o frio e o apodrecer da liberdade
exalaram o cheiro acre no País,
a força, o tempo ávido e a vontade,
se perderam na atrofia da raiz.
exalaram o cheiro acre no País,
a força, o tempo ávido e a vontade,
se perderam na atrofia da raiz.
Quando o amor, a verve e a libido
e o espaço infinito do viver,
se curvaram sobre um tempo enraivecido
que esse povo inda há de enternecer,
senti nos lábios a espuma da verdade,
o calor na face e a emoção.
E cravando os dedos, como um louco,
pelo peito ensanguentado da nação,
e o espaço infinito do viver,
se curvaram sobre um tempo enraivecido
que esse povo inda há de enternecer,
senti nos lábios a espuma da verdade,
o calor na face e a emoção.
E cravando os dedos, como um louco,
pelo peito ensanguentado da nação,
Em desespero eu gritei magoado:
- Agora ou nunca, bate coração!
- Agora ou nunca, bate coração!
(Costa Pinto)
Belíssimo poema amigo Costa Pinto!
ResponderExcluirRevivi aqueles tristes tempos de 64 até 80...
Bom final de semana!
Beijinhos mil!!!
Ligi@Tomarchio®