Era um moleque esperto.
Estava sempre por perto
quando algo acontecia.
Um dia, de um pão que comia,
cai no chão, um pedaço.
Sua mãe lhe diz: - Tem cuidado,
tu vais dá gosto ao diabo.
Ele olha assustado e meio desconfiado.
Apanha a sobra e come.
Esse moleque tem nome,
é Tito de Malaquias.
Seu pai como de costume,
chega em casa achando graça.
Vai direto para a garrafa
avizinhada do pote.
Põe da cachaça, uma dose.
Derrama a metade no chão.
Quando Tito diz que não,
Malaquias fala : - É pro santo.
Eis que o moleque já tonto,
pensa: Não entendo nada.
Pois o diabo e o santo
moram juntos
debaixo do chão da casa.
João Felinto Neto
Estava sempre por perto
quando algo acontecia.
Um dia, de um pão que comia,
cai no chão, um pedaço.
Sua mãe lhe diz: - Tem cuidado,
tu vais dá gosto ao diabo.
Ele olha assustado e meio desconfiado.
Apanha a sobra e come.
Esse moleque tem nome,
é Tito de Malaquias.
Seu pai como de costume,
chega em casa achando graça.
Vai direto para a garrafa
avizinhada do pote.
Põe da cachaça, uma dose.
Derrama a metade no chão.
Quando Tito diz que não,
Malaquias fala : - É pro santo.
Eis que o moleque já tonto,
pensa: Não entendo nada.
Pois o diabo e o santo
moram juntos
debaixo do chão da casa.
João Felinto Neto
Que maravilha, João Felinto! Cultura popular, inocência da infância, as coisas regionais...tudo muito bem misturado numa bela e brejeira história.
ResponderExcluirUma verdadeira maravilha. Mais uma jóia para a nossa literatura brasileira.
Essa é a cultura que queremos ver decantada neste País.