quinta-feira, 26 de maio de 2011

PINGOS DE LETRAS


Chuva de letras
sobre o barro branco,
papel é barranco
e as gotas, estrelas.
Um poema surge
na tinta escorrida,
letras espremidas
com as pontas dos dedos.
Escorre em palavras,
versos de enxurrada
que bóiam mágoas,
lágrimas e desejos.
Uma ou outra letra
perde-se nas nuvens,
transborda em açudes
de eterna tristeza.

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