terça-feira, 31 de maio de 2011

Dias

Um daqueles dias em que acordamos já esperando o amanhã.
Um daqueles dias em que perdemos o sentido de algumas coisas.
Que tomamos um chá atrás do outro.
Chá verde,
De camomila,
De cadeira,
De pensamentos.
Um daqueles dias em que a realidade nos derruba, pra machucar.
O dia da verdade
Nua e crua,
Sem vaselina para deslizar na alma.
Mas o dia continua
[Ainda sem que eu descubra seu sentido]
Com chás, cadeiras,
Pensamentos, realidades
E a verdade de esperar
Pelo dia de amanhã.
[ou depois, e depois, e depois...

(Bruno Campelo - 31/05/11)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

TAMBÉM SOU


O louco
é apenas mal ouvido.
Seu riso,
tenebrosa gargalhada.
Sua fé,
um constante, eu duvido.
Sua mente,
uma porta escancarada.
Seu pedido de ajuda
é um grito.
Seu gemido incontido,
uma dor.
Seu amor,
um abraço emotivo.
Sem motivo,
eis que louco
também sou.

PINGOS DE LETRAS


Chuva de letras
sobre o barro branco,
papel é barranco
e as gotas, estrelas.
Um poema surge
na tinta escorrida,
letras espremidas
com as pontas dos dedos.
Escorre em palavras,
versos de enxurrada
que bóiam mágoas,
lágrimas e desejos.
Uma ou outra letra
perde-se nas nuvens,
transborda em açudes
de eterna tristeza.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Auto biográfico

Às vezes a vida me parece regressa. Momentos se repetem, lembranças tomam a mente e a lágrima corre, mesmo que interna. Molha, inunda, preenche o buraco auto criado.
O vazio corrói. A ausencia corrói.
A dúvida corrói.
O medo destrói.
O fim é próximo mas não é fim.
[Caminho cego]
Um caminho escuro amedronta muitos. Precisa de uma descoberta.
Uma busca incessante. A completude como objetivo.
[Impossível]
Assim há uma aceitação. A necessidade de descobertas inacabáveis alimenta a esperança do pós-fim.
[Sequencia]

Luz
Compaixão
Paz
Deus
Amigos
Educação
Respeito
Amor
Bem
Família
União
Saudade

(Bruno Campelo - 19/08/2008)