terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vulto de Aurora



Uma mulher de aurora se desponta,
de inaudita beleza, se destila
no raiar da natureza, e se evapora
no infinito. Se desfaz sem conta.
Já no seio da tarde transparece
o doce vulto, que no céu já esquecido,
acaricia, com tal zêlo, a sua essência
que vaporosa pelas sombras aparece.
E as nuvens, em sua prata se dissolvem
à contemplar maior tristeza, a do poeta
que com o olhar tão fito na aurora
busca o vulto de amor que ela exala:
a mulher que vai perdida nessas cores
e os momentos que se perdem nessa hora.

(Costa Pinto)

(imagem acima:"aurora-boreal' - Extraída do site: imagemmegami.blogspot.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário