Oxalá, vem ajudar-me.
Vem ajudar-me, Oxalá!
Bem sabes que o teu filho sofre
a profunda dor que abate o Orixá.
Agonizante, ele não é mais guerreiro.
E em seu peito abriga Iemanjá,
para morrer no mar como um saveiro,
como um bom filho de Oxalá.
Vem ajudar-me, Oxalá!
Bem sabes que o teu filho sofre
a profunda dor que abate o Orixá.
Agonizante, ele não é mais guerreiro.
E em seu peito abriga Iemanjá,
para morrer no mar como um saveiro,
como um bom filho de Oxalá.
Ao sol a sua espada já não brilha.
Não existe prata em seu olhar.
Como um barco que se perde pela trilha
de luz nas ondas, para então morrer no mar.
Não existe prata em seu olhar.
Como um barco que se perde pela trilha
de luz nas ondas, para então morrer no mar.
A sua boca não escapa à maldição.
Nem o sangue que derrama é de Xangô.
Sangrando, o seu punhal crava no chão.
Já não canta, e nem come seu ebô.
E o terreiro é a dor que perde um bravo,
chorando, com as iaras à cantar.
Das águas Orixá envia um cravo
de guerreiro, para então morrer no mar.
Nem o sangue que derrama é de Xangô.
Sangrando, o seu punhal crava no chão.
Já não canta, e nem come seu ebô.
E o terreiro é a dor que perde um bravo,
chorando, com as iaras à cantar.
Das águas Orixá envia um cravo
de guerreiro, para então morrer no mar.
É o fim da tempestade de Iansã.
Meu pai Zambi, tão supremo Obatalá.
Talvez esteja calmo o amanhã,
com a morte desse filho de Oxalá.
Meu pai Zambi, tão supremo Obatalá.
Talvez esteja calmo o amanhã,
com a morte desse filho de Oxalá.
(Costa Pinto)
É o Rei!
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