terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Espaço Sutil











Espaço esquisito de tempo
Toca flauta, bate o bumbo
Chama o povo e faz discurso
Espaço esquisito de tempo
As urnas superlotadas
Que saudade, Coronel!
Das ruas em alvoroço
Menino jogando "pelada"
Cachorro chupando um osso
Um rato roendo papel
Espaço esquisito de tempo
Roça, milho e café
Praia a semana inteira
Cobra e bicho-de-pé
Petróleo, dinheiro e paz
Bota areia na peneira
Mata dois filhos do Zé
Espaço sutil demais

(Costa Pinto)


Nenhum comentário:

Postar um comentário