quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tristeza

Nas ondas do destino
entre brumas rubras
a tristeza sangra sua dor.
Envolvem recifes, rochas, areias
do imaginário oceânico.
Cala, recolhe, transborda...
Devolvendo os grãos da felicidade
aos miseráveis corações aflitos.
Céu que não reflete sua cor
no mar da existência
esconde o sol envergonhado
de tanta dor derramada.
Os pensamentos chovem devaneios
soluçando esperança de carinho
colo de menino carente de mãe.
Natureza revoltada, espuma veneno
não mata a tristeza
apenas a amortece suave.
Florestas inteiras de uma vida
repleta de anseios utópicos
perde a esperança no verde do corpo
empresta o breu da noite sem luar.
Alegria imoral para o ar
carregado de ideais sem direção
transforma-se em tornados mentais
desolando o deserto desorientado.
Astros sem pena arrebatam o céu
amedrontam o mar e a floresta
tornando-os invisíveis sonhos ruins.
A aurora boreal lamenta sua vida
deseja ser felicidade eterna.
Perene é o belo.
Permanente é o horror da dor.
Tristeza natureza restabeleça a ordem
deixe o fluxo da vida em seu caminho natural
não perturbe mais esse coração alado!

Ligi@Tomarchio®

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