Trago um sorriso velho
e histórias novas para contar.
Um grito afônico preso na garganta.
A primavera, nas mãos
e o inverno, nos olhos.
A vida a passar lenta.
Frio de um tempo
sem o zumbido de moscas,
sem o ruído das águas,
nem rede na varanda.
Mas com cheiro de sangue,
com sombras foscas de pólvora,
com gosto de sexo
e olhos de fome.
A primavera, nas mãos
e o inverno, nos olhos.
A vida a passar lenta.
Frio de um tempo
sem o zumbido de moscas,
sem o ruído das águas,
nem rede na varanda.
Mas com cheiro de sangue,
com sombras foscas de pólvora,
com gosto de sexo
e olhos de fome.
Trago um grande intervalo.
O meu intervalo.
E minhas mãos
à procura de mais encontros.
À procura de corpos.
Corpos nus.
O meu intervalo.
E minhas mãos
à procura de mais encontros.
À procura de corpos.
Corpos nus.
Um não à procura de um sim.
Uma noite à procura de um dia.
Eu...à procura de você.
Enquanto moléculas desintegram,
os lábios secam.
Eu me faço...pedaços.
E o vento espalha.
Uma noite à procura de um dia.
Eu...à procura de você.
Enquanto moléculas desintegram,
os lábios secam.
Eu me faço...pedaços.
E o vento espalha.
(Costa Pinto)
(imagem extraída do site: "www.psiquiatruras.blogspot.com")
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